sábado, 9 de agosto de 2008

Maria Godelivie

MARIA GODELIVIE (Maria Godelivie Cavalcanti de Oliveira), nasceu no dia 14 de outubro de 1959, em Campina Grande-Paraiba, filha de Agripino Batista de Oliveira e de Yolete Cavalcanti de Oliveira.

Sua paixão e seu interesse pelo cordel nasceu desde a sua infância e foi direcionado pelo seu ídolo e pai AGRIPINO BATISTA DE OLIVEIRA (proprietário da aguardente CAMARAENSE, tinha o 2º grau completo, veio de família humilde), que gostando de poesia popular comprava folhetos de cordel e os lia pra a filha - 1965). Quando alfabetizada, começou a ir na Feira Central com seu pai (aos sábados, quando ele ia fazer a feira, ela acordava cedinho para acompanhar o pai, pois sabia que havia o espaço de comprar folhetos) e lá entrava em contato com aquele mundo que lhe era fascinante, havia uma grande quantidade de barracas, poetas, violeiros e vendedores cantando poesias. Os cordéis eram escolhidos através dos títulos que lhe chamavam a atenção.

O cordel que mais gostava de lê, guarda consigo até hoje: “VALENTÃO DO MUNDO E A PRINCESA EDILEUSA” de Severino Milanês da Silva“, que conta as aventuras de Valentão do Mundo para salvar a princesa Edileusa, sua amada.

Quando começou a cursar Letra na UEPB, entrou em contato com a disciplinas “Literatura Popular”, o que reascendeu a sua paixão pelo cordel fazendo-a defender meus trabalhos em poesia. Quando passou a lecionar, começou a usar o cordel na sala de aula, percebendo que a aceitação e o prazer da leitura dos cordéis faziam com que as aulas se tornassem algo prazeroso ao aluno.

“O Gostosão já estava concluído, mas não editado e ela o usava na sala de aula. Em setembro de 2002, num evento folclórico do Colégio Estadual de Bodocongó. Maria Godelivie convidou o poeta Manoel Monteiro para participar das comemorações, e foi a partir desse evento que ela começou a editar seus cordéis.

Seu primeiro incentivo para editar um trabalho foi dado pelo poeta popular MANOEL MONTEIRO, que vendo e analisando um trabalho seu, disse que ela estava pronta para publicar, fazendo surgir “O GOSTOSÃO", história pitoresca de um homem casado que arruma uma namorada, e quando descoberto fica entre a cruz e a espada, querendo encontrar um jeitinho de ficar com as duas em perfeita harmonia.

Maria Godelivie escreve histórias que contam o dia a dia, a realidade das pessoas comuns ou histórias sobrenaturais; muitas dessas histórias foram contadas por sua mãe YOLETE CAVALCANTI DE OLIVEIRA (falecida, dona de casa, 1ºgrau completo, de família abastarda estudou interna no colégio de freiras em Areia e não gostava que o marido passasse aos filhos o sabor pela literatura de cordel, pois achava que isso era para gente sem cultura), que era uma excelente contadora de histórias, fato que deu asas para a criação imaginária de Maria Godelivie, que hoje as reconta na poesia dos seus cordéis (O homem que beijou uma alma, A vingança da falecida, O doidinho bem dotado, Tapa trocado não dói).